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Na Mira do Povo

Trump nega ter iniciado conversa com o Irã após ataques


Presidente americano rejeitou qualquer hipótese de ajuda ao programa atômico civil do regime iraniano. /// Foto: Oficial da Casa Branca por Molly Riley

Porto Velho, RO - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira, 30, ter iniciado negociações com o Irã, após relatos de conversas no governo americano para ajudar Teerã a ter acesso a US$ 30 bilhões para construir um programa nuclear civil.

Em publicação na sua rede Truth Social, Trump afirmou que, ao contrário do ex-presidente Barack Obama “que pagou bilhões e eles sob o estúpido” acordo JCPOA, não está “oferecendo nada” ao regime iraniano.

“Diga ao falso senador democrata Chris Coons que não estou oferecendo NADA ao Irã, diferentemente de Obama, que pagou bilhões a eles sob o estúpido ‘Caminho para um JCPOA Nuclear’ (que agora teria expirado!). Não estou nem falando com eles já que nós DESTRUÍMOS totalmente suas instalações nucleares“, escreveu.

O senador democrata Chris Coons, no Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse que era muito cedo para fazer uma “avaliação conclusiva” dos danos causados ​​pelos ataques aéreos dos EUA ao programa de enriquecimento nuclear do Irã.

“É importante que não politizemos os profissionais de carreira em nossa comunidade de inteligência. Se o presidente Trump declarar imediatamente que todo o programa foi eliminado, o que considero completamente prematuro, ou se fizer uma caracterização de locais e capacidades específicos e o quanto eles foram danificados, isso é uma questão de ser mais preciso”, afirmou.

Sentença de morte

O aiatolá Naser Makarem Shirazi emitiu no sábado, 29, uma “fatwa” declarando que Donald Trump e Benjamin Netanyahu são culpados de crime religioso ao ameaçarem o aiatolá Ali Khamenei, chefe do regime islâmico iraniano.

Segundo o clérigo, ambos se enquadram como mohareb, isto é, “inimigos de Deus”, acusação que, na jurisprudência xiita, pode resultar em pena de morte.

“Ameaçar a vida do líder supremo ou dos marjas do Islã é uma ofensa religiosa das mais graves. É obrigatório confrontar tais inimigos e fazer com que se arrependam de suas palavras e erros”, escreveu Shirazi.

A fatwa responde a declarações recentes de Trump, que afirmou ter poupado Khamenei de “uma morte feia e ignominiosa”, e a uma ameaça direta feita pelo ministro da Defesa de Israel, que prometeu que “Khamenei pagará por seus crimes”.

No direito penal iraniano, baseado na Sharia, as categorias mohareb, mofsede-fel-arz (“corrupção na Terra”) e baghy (“rebelião armada contra o governo legítimo”) são passíveis de punições como execução, amputação, crucificação ou exílio.

A fatwa tem peso decisivo em um regime teocrático como o iraniano, podendo influenciar julgamentos, legitimar represálias e servir de justificativa religiosa para ações externas ou internas.

A gravidade do decreto remete à fatwa emitida em 1989 pelo aiatolá Ruhollah Khomeini contra o escritor Salman Rushdie.

Fonte: O Antagonista

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