Editors Choice

3/recent/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list
Na Mira do Povo

Trégua frágil e possibilidade de novas ações militares contra o Irã

A paz delicada, mediada pelos EUA após ataques aéreos que atingiram três importantes instalações nucleares iranianas, parece estar se mantendo, mas muitas questões permanecem sem resposta. // Reprodução

Porto Velho, RO - Uma semana se passou desde que os Estados Unidos intercederam em um cessar-fogo entre Israel e Irã, encerrando um violento conflito de 12 dias que deixou a região do Oriente Médio e o mundo em tensão.

A paz delicada, mediada pelos EUA após ataques aéreos que atingiram três importantes instalações nucleares iranianas, parece estar se mantendo, mas muitas questões permanecem sem resposta.

As consequências dos ataques ao programa nuclear do Irã ainda não são claras. A possibilidade de abertura das negociações de paz entre os EUA e o Irã ainda está incerta.

Além disso, a habilidade do presidente dos EUA, Donald Trump, de forçar o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o Hamas a priorizar um acordo de cessar-fogo e uma solução para a crise dos reféns, continua como uma incógnita.

Trump declarou que os alvos atingidos foram “obliterados”, enquanto seu secretário de Defesa afirmou que as instalações foram “destruídas”.

Um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA indicou que os ataques causaram danos significativos aos locais de Fordo, Natanz e Isfahan, mas não conseguiram destruir totalmente as instalações.

Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou em entrevista que as três instalações iranianas com capacidades de tratamento, conversão e enriquecimento de urânio sofreram danos substanciais. Contudo, ele acrescentou que “alguma coisa ainda permanece” e, portanto, se desejarem, poderão retomar essas atividades.

Ele destacou que a avaliação completa dos danos depende do acesso de inspetores às instalações iranianas.

Sanções contra o Irã

Após a formalização do cessar-fogo, Trump mencionou a possibilidade de aliviar sanções severas contra Teerã ao prever que o Irã poderia se tornar uma “grande nação comercial” caso desistisse permanentemente de seu programa nuclear.

No entanto, a expectativa de harmonia foi rapidamente ofuscada. O aiatolá Ali Khamenei, em sua primeira aparição pública após o cessar-fogo, afirmou que Teerã havia dado um “tapa na cara da América”.

Em resposta, Trump sugeriu que Khamenei reconhecesse que o Irã havia sido severamente derrotado e decidiu não considerar a redução imediata das sanções devido aos comentários inflamados do líder supremo.

Novas ações militares contra o Irã

Logo após os ataques americanos, Trump contatou Netanyahu para informar ao líder israelense que não deveriam esperar mais ações ofensivas por parte dos EUA. Mesmo assim, Netanyahu deixou claro que Israel atacará novamente “se alguém no Irã tentar reviver este projeto”

Durante uma coletiva de imprensa, na última sexta-feira, 27 de junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não hesitaria em realizar novos bombardeios contra o Irã se considerar a situação como crítica.

Ao ser indagado sobre essa possibilidade, Trump respondeu com firmeza: “Claro, sem dúvida, com certeza”.

Além disso, o presidente americano anunciou em suas redes sociais que decidiu cancelar quaisquer planos de alívio de sanções contra o Irã após receber uma declaração que considerou carregada de raiva e ódio:

“Recebi uma declaração de raiva, ódio e repulsa, e imediatamente abandonei todo o trabalho de alívio de sanções e muito mais”, escreveu Trump.


Fonte: O Antagonista

Postar um comentário

0 Comentários