
Porto Velho, RO - Os governos rivais da Líbia negaram nesta quarta-feira, 7, ter firmado qualquer acordo com a administração Trump para receber imigrantes deportados tratados como ilegais pelos Estados Unidos.
As autoridades da capital Trípoli, reconhecidas internacionalmente, e o governo do oeste do país, comandado pelo senhor da guerra Khalifa Hifter, desmentiram uma declaração da administração Trump, que afirmava que os deportados seriam enviados à Líbia em um avião americano.
O governo de Hifter afirmou que “rejeita firmemente a existência de quaisquer acordos ou entendimentos relativos ao reassentamento de migrantes de qualquer nacionalidade, seja africana, europeia, americana ou outra”.
Atualmente, Washington mantém relações formais apenas com o governo de Tripoli. No entanto, o filho de Hifter, Saddam, esteve na última semana com funcionários da Casa Branca na capital americana.
Segundo o The New York Times, ele pode ter firmado um acordo próprio com os Estados Unidos.
Durante o seu primeiro mandato, o republicano teve relações próximas com Hifter, que controla os campos de petróleo da Líbia.
Crise na Líbia
Desde a queda do regime de Muammar Gaddafi, em 2011, o país mergulho em um profundo vácuo de poder.
Entre 2014 e 2020, a Líbia se dividiu em dois principais blocos, após uma série de disputas pelo país.
O governo de Trípoli, que controle o oeste, foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e apoiado pela Turquia e milícias locais.
No leste, o senhor da guerra Khalifa Hifter, que controla os campos de petróleo, declarou guerra contra a administração da capital.
Fonte: O Antagonista
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