CEO da Pfizer: “Um dos momentos mais desprezíveis da história da academia”

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CEO da Pfizer: “Um dos momentos mais desprezíveis da história da academia”


Albert Bourla, descendente de sobreviventes do Holocausto, reagiu ao desastroso depoimento das reitoras de Harvard, MIT e Penn no Congresso americano. Foto: Reprdução/X

Porto Velho, RO - Albert Bourla, chairman e CEO da Pfizer, publicou em sua conta no X, ex-Twitter, um manifesto contundente reagindo à desastrosa audiência das reitoras de Harvard, MIT e da Universidade da Pensilvânia no Congresso americano na terça-feira, 5.

Líder de uma das maiores farmacêuticas do mundo, responsável por uma das vacinas que ajudaram a controlar a pandemia de Covid, o grego-americano Bourla, doutor em Biotecnologia, é descendente de sobreviventes do Holocausto.

Seus avós paternos, Abraham e Rachel Bourla, foram mortos no campo de Auschwitz. Seu pai escapou por pouco de ser levado também, assim como sua mãe, que conseguiu ser poupada de um pelotão de fuzilamento minutos antes por causa de um cunhado que pagou propina para soldados nazistas.

Diz o manifesto:

“Fiquei envergonhado ao ouvir o recente depoimento de três reitoras das principais universidades [do país e do mundo].

Na minha opinião pessoal, foi um dos momentos mais desprezíveis na história da academia dos EUA.

As três reitoras tiveram inúmeras oportunidades de condenar a retórica racista, antissemita e de ódio, mas se recusaram, escondendo-se atrás de pedidos de “contexto“.


As memórias dos pais do meu pai, Abraham e Rachel Bourla, do seu irmão David e da sua irmãzinha Graciela, que morreram todos em Auschwitz, vieram-me à mente. Perguntei-me se a morte deles teria fornecido “contexto” suficiente para esses reitores condenarem a propaganda antissemita dos nazistas.

E porque a desumanização das vítimas torna mais fácil “definir o seu próprio contexto” e justificar qualquer coisa, aqui está uma foto de Graciela Bourla, que foi exterminada no campo de concentração aos 17 anos.

Infelizmente, nenhuma foto dos meus avós e do meu tio sobreviveram. Ainda me pergunto como eles eram.”

Fonte: O Antagonista

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