Atriz e modelo, que morreu aos 72 anos, chegou a falar sobre a doença que a atingiu ainda na infância
Porto Velho, RO - A morte precoce da atriz e modelo Mila Moreira, 72, nesta segunda-feira (6), pegou muita gente de surpresa. Mas, com os mais próximos, Mila sempre falou abertamente sobre uma doença silenciosa que enfrentava desde a infância: a síndrome do pânico.
A atriz e modelo convivia com a síndrome desde criança, quando foi diagnosticada com um problema no coração. Mila revelou que sempre teve medo de morrer jovem demais.
“Nasci com o pânico. Quando era estudante de um colégio interno, lembro das professoras chamando a minha mãe (Ilda, já falecida) achando que eu ia morrer”, contou.
Um problema que tinha no coração desde seu nascimento seria um dos motivos de ter desencadeado a doença tão cedo, na opinião dela. “Tenho prolapso de válvula mitral (mau fechamento das válvulas do coração), que causa palpitação e me fazia ter a sensação de estar morrendo. Passei a vida com minha mãe chorando, achando que eu iria morrer do coração”, revelou ela em entrevistas.
O diagnóstico do pânico só aconteceu muitos anos depois, quando a situação ficou insustentável. Nos anos de 1990 e 1992 os ataques de pânico e ansiedade ficaram mais frequentes e Mila emagreceu muito. Entrou em depressão. Chegou a pesar 48 quilos e deixou de sair de casa, de falar com os amigos e quase tirou a própria vida.
Mila então intensificou os tratamentos e conscientizou-se de que não poderia mais deixar de cuidar desse problema. Não podia ficar sem medicamentos.
Mila Moreira não teve filhos e se casou sete vezes. A família não revelou a causa da morte da atriz .
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