Leila diz que Palmeiras volta 'para o caos' se Crefisa deixar o clube

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Leila diz que Palmeiras volta 'para o caos' se Crefisa deixar o clube



Responsável pelo maior patrocínio de uma empresa para um clube brasileiro, a empresária Leila Pereira, 54, dona da Crefisa e da Faculdade das Américas, admite que se sair do Palmeiras a equipe voltará ao "caos que era em 2014".

A afirmação foi dada por ela para a edição da "Folha de S.Paulo" desta sexta-feira.

Leila, que também é conselheira do Palmeiras e foi a recordista de votos na última eleição para o órgão, reforça que não pretende retirar o patrocínio, apesar de ter declarado que sente que passou a ser perseguida por algumas alas no clube, especialmente pelo ex-presidente Mustafa Contursi, de quem era aliada ao chegar ao clube alviverde.

"Não penso nisso [retirar o patrocínio do clube]. Está fora de cogitação. E é isso que eles querem, que o patrocinador saia e que o Palmeiras volte ao caos que era em 2014. E isso a gente não vai deixar", disse Leila.

A empresária e conselheira também se defendeu das críticas que atestam que ela tem interesses políticos, pretendendo se eleger à presidência em 2021 --embora hoje, pela regra, ela tenha obrigatoriamente esperar até 2022.

Uma ala grande entende que essa é a intenção por trás do apoio dela para que o mandato presidencial passe de dois para três anos --mudança que será votada no próximo dia 21 de maio pelos conselheiros e, se aprovada, também reduzirá o tempo mínimo de clube para que qualquer conselho seja candidato (ela foi eleita ano retrasado para se juntar órgão).

"São pessoas retrógradas que defendem os dois anos [de mandato] para que o Palmeiras nunca tenha paz. Para que sempre o candidato tenha que sentar com eles para negociar. É uma boa para esse pessoal mais antigo, que é encabeçado pelo ex-presidente Mustafá Contursi. Então eu acho que esse tipo de gente no Palmeiras, que antes era favorável aos três anos [de mandato do presidente] e agora são contra, é por causa dessa visibilidade que eu consegui por causa do meu patrocínio, pela colaboração que eu dei ao Palmeiras e eu acho também por eu ser mulher", disse Leila.Leila Pereira e Maurício Galiotte durante coletiva na Academia de Futebol Ag Palmeiras

Durante a entrevista, ela informou que o valor pago pela Crefisa/FAM é três vezes maior do que clubes como Flamengo e Corinthians recebem de seus patrocinadores. O dela está na casa de R$ 82 milhões, mas batendo algumas vezes R$ 100 milhões graças a prêmios, ajudas com salários etc.

"Quando eu falo que pago quase R$ 100 milhões, tem parte em prêmio, salário de jogador, então juntando tudo dá quase R$ 100 milhões por ano. Eu tenho absoluta certeza que o mercado paga bem menos. Temos os grandes clubes, você vê quanto pagam… Corinthians R$ 22 milhões, Flamengo acho que R$ 25 milhões, e eu pago quase R$ 100 milhões. Eu pago bem acima do que os outros grandes clubes pagam. Então o quanto eu acho que vale é o que o mercado paga, e o quanto eu pago a mais é pelo amor e a contribuição que eu quero dar para o clube", disse a empresária.

Não concordou que a recente investigação da Receita Federal, que resultou em uma determinação para que o valor cedido como patrocínio pela Crefisa/FAM para contratações do Palmeiras seja contabilizado como dívida e não mais como doação. Hoje, só a dívida por causa dessa mudança, resultou em um valor negativo de R$ 120 milhões.


"Torcedor não está nem aí para contrato. Sabe o que o torcedor quer? Título. Ele quer alguém que colabore, alguém que ponha craque dentro do clube para ganhar título. E outra coisa, quem disser que eu não colaboro pagando três vezes mais de patrocínio, quer maior doação que essa? É claro que eu estou doando, não é? Torcedor não quer saber do balanço do Palmeiras, a verdade nua e crua é essa. Claro que a gente tem que ter um clube saudável. Nós, como conselheiros, nos preocupamos com isso, mas o torcedor que não está na política, que não é conselheiro, que não vive esse dia a dia político do Palmeiras, não quer saber disso. E é isso que eles [torcedores] veem em mim. Uma pessoa que colabora para títulos. Eu acho que se eu tirasse esse recurso que coloco no clube, o Palmeiras não estaria onde está hoje", disse Leila.

A empresária ainda não reconheceu uma afirmação dada por ela ao "Diário LANCE!, em novembro de 2015, alegando que o Flamengo daria mais visibilidade do que o Palmeiras. E garantiu que jamais patrocinaria outra agremiação.

"Nossa, de jeito nenhum. Nem lembro que falei isso, em hipótese nenhuma. Eu não saio do Palmeiras. Se eu sair do Palmeiras, eu saio do futebol. [O Palmeiras dá visibilidade] enorme. [No nível de] Justin Bieber [cantor se apresentou no Allianz e usou camisa do clube]... A visibilidade de um clube como o Palmeiras para as minhas marcas é internacional. Eu vou a Portugal, França, Itália, e as pessoas me reconhecem lá como a patrocinadora e parceira do Palmeiras. Me dá um extremo orgulho."

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