CAERD: Nova gestão assume com a promessa de respeitar o servidor e salvar a companhia da falência

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CAERD: Nova gestão assume com a promessa de respeitar o servidor e salvar a companhia da falência



Porto Velho, RO - Quitar quatro meses salários atrasados. E por último e o mais emblemático deles, conseguir “amansar” no bom sentido o usuário que está em pé de guerra com a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia, (Caerd).

Na semana passada “problemas” na captação de água nas adutoras do Bate Estacas e Santo Antônio deixaram milhares de pessoas sem água em Porto Velho.

“Moro no bairro Pedrinhas. Meu final de semana foi uma tortura. Tive que comprar água mineral para usar nos afazeres diários e inclusive higiene pessoal”, declara um morador que preferiu não se identificar.

Esse é apenas o início dos desafios que o novo presidente da Caerd, José Irineu Cardozo, empossado na última sexta-feira (11) pelo governador, Daniel Pereira (PSB/RO) será submetido. Para fazer a maquina caminhar, o servidor de carreira terá antes de tudo saldar uma divida salarial da empresa com os servidores que se arrasta por quatro meses.

Numa reunião com o superintendente de Negócios Varejo do governo de Rondônia, do Banco do Brasil, Felipe Zanella, o próprio governador falou em ‘liquidar’ a empresa. Sem fundo em caixa, o BB se recusou a emprestar dinheiro para fazer o pagamento dos servidores.

Na sede da Caerd em Porto Velho os atrasos salariais têm uma causa e responde pelo nome de Iacira Azamor, ex-mão de ferro da companhia até a semana passada. A ex-gestora da pasta assumiu a “estatal” substituindo, Márcia Luna, hoje lotada na gestão, Hildon Chaves (PSDB) como secretária de Regularização Fundiária e Habitação (Semur).

Iacira assim como Márcia Luna tinha como desafio dar um Norte à empresa afogada em dividas com credores e a folha de pagamento. Mas o que conseguiu enquanto gestora foi colecionar inimizade e criticas, tanto dos servidores quanto da população que a acusam de ter sido uma péssima gestora. Além de ser detestada pelos servidores, Iacira foi taxada de não tratá-los como prioridade. Rótulo que seu sucessor quer fugir.

“Na minha visão não tem como exigir trabalho de um servidor que está com a família em casa passando por necessidade, sabendo que praticamente os filhos não têm o que comer”, discorda o atual presidente da Caerd, ao ser questionado se adotaria o mesmo sistema de trabalho que a sua antecessora.

No levantamento divulgado no site do governo, Iaciera se defende.

“Na época os sistemas operacionais estavam sucateados, a inadimplência com órgãos públicos era de cerca de R$ 30 milhões, uma folha de pagamento ‘‘inchada’’ e com 70% de perda no volume de produção por vazamentos, mas principalmente fraudes”, recorda.

A nova gestão informa que tomará algumas medidas para tirar a Caerd do vermelho. A proposta divulgada com exclusividade ao site News Rondônia será pôr em prática o “Plano de Contingência”.

“Vamos adotar o sistema de demissão voluntária e devolver servidores para as suas respectivas secretarias. Outra medida será a exoneração dos cargos comissionados (CDS). Somente com isso iremos desonerar a folha e gerar uma economia de R$ 1,2 milhão. Precisamos cortar na carne”, disse.

Quanto à obra de implantação de água tratada de Porto Velho, que envolve mais de R$ 300 milhões o presidente da companhia declara que elas continuam em andamento.

Ao contrário do que afirmou a ex-gestora, Iacira Azamor numa visita a estação do Bate Estacas, em janeiro deste ano, com o ex-governador, Confúcio Moura, não será por ágora que os moradores da Zona Sul farão uso de água potável. Não pela empresa.

Não é de hoje que á Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia tenta se equilibrar nas contas e na sua estrutura. De um lado é bombardeada por criticas da população que exige qualidade dos serviços. Mesmo não estando na sua melhor condição o novo presidente da Caerd acredita numa recuperação. Só resta saber se todos os servidores estarão a disposição de conceder esse “amor” que ele afirma que será preciso para que a estatal siga adiante.

“Com essas medidas quem quiser continuar terá que fazer por amor a casa. Estamos em um bom momento”, finaliza.

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