O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud
se entregam por volta das 14h15 à Polícia Federal (PF), em São Paulo. A
informação foi confirmada pela assessoria da companhia. A prisão
temporária foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot.
O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os
colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que
deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os
delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a
partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento
do acordo.
A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo
Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a
consistência necessária à decretação da prisão temporária.
Fachin havia determinado que o cumprimento dos mandados ocorressem
com a “máxima discrição e com a menor ostensividade”, evitando o uso de
algemas, pois não se trata de pessoas perigosas. “Deverá a autoridade
policial responsável pelo cumprimento das medidas tomar as cautelas
apropriadas, especialmente para preservar a imagem dos presos, evitando
qualquer exposição pública”, diz a decisão.
No sábado (9), a defesa do grupo J&F colocou à disposição os
passaportes do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de Relações
Institucionais da holding Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador
Marcelo Miller também colocou os documentos dele à disposição.
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