Dados da Agevisa apontam redução no número de casos de leptospirose em Rondônia

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Dados da Agevisa apontam redução no número de casos de leptospirose em Rondônia



De acordo com os últimos levantamentos realizados pelo Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), houve uma redução no número de casos de leptospirose em Rondônia.

Os dados, são do Sistema de Informações da Agevisa que registrou uma queda significativa, se comparado ao mesmo período do ano passado, onde foi constatado que de 01 janeiro de 2021 à 17 fevereiro de 2021, foram notificados apenas 14 casos suspeitos de leptospirose, sendo que no mesmo período em 2020, o registro foi de 74 casos suspeitos. O baixo índice do diagnóstico da leptospirose pode estar ligado com outra preocupação da Agevisa neste período que é a dengue.

Para a médica, veterinária Luzimar de Souto Amorim, coordenadora do Programa de Vigilância e Controle da Leptospirose e Pragas Sinantrópicas da Agevisa, é necessário a atenção redobrada dos profissionais dos municípios para que casos de leptospirose não passem despercebidos no Estado. A coordenadora faz ainda um apelo no sentido de adotar um diagnóstico diferencial das doenças febris agudas, que inclui a leptospirose. “Devido ao aumento do número de casos de dengue, a atenção dos profissionais da saúde está voltada para essa doença. Sabemos que existem sim, condições ambientais em Rondônia para a proliferação da leptospirose, como terreno baldios, falta de estrutura domiciliar, principalmente quem mora na periferia. Com certeza podem estar passando casos despercebidos”, comentou.

A coordenadora pede aos profissionais dos municípios que solicitem imprescindivelmente um diagnóstico diferencial da leptospirose com outras doenças, não descartando também a malária, além da dengue.

A DOENÇA

De acordo com a descrição da Agevisa e do Ministério da Saúde sobre a leptospirose, a doença é transmitida por meio do contato do ser humano com a urina de animais (principalmente ratos), que estejam infectados. Normalmente esse contato ocorre por meio de alagações. O indivíduo pode demorar a perceber, pois os sintomas começam a ocorrer num prazo de sete a 14 dias, e de acordo com a especialista a doença apresenta um período de incubação que pode variar de um a 30 dias.

SINTOMAS

Febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), falta de apetite, náuseas e vômitos estão entre os principais sintomas da leptospirose. Há pacientes que relatam até mesmo diarréia, dor nas articulações, vermelhidão ou aumento do fluxo sanguíneo para certos órgãos do corpo.

IMPORTANTE

Em Rondônia, a doença ocorre o ano todo, podendo haver aumento no número de casos no período chuvoso. A doença, ocorre tanto em área urbana quanto na área rural. Importante salientar que no inverno amazônico, o paciente ao sentir sintomas sugestivos da leptospirose, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde, e relatar ao médico que houve exposição de risco, informar ter entrado em contato com as águas de enchente, alagação, lama, ou outra situação. Vale lembrar que somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, muita hidratação e suporte clínico.

AÇÕES DA AGEVISA

As ações da Agevisa se baseiam no assessoramento aos municípios quanto às ações de vigilância epidemiológica e ambiental da leptospirose, capacitando os profissionais que atuam na epidemiologia e nas ações de controle de zoonoses municipais, nas investigação epidemiológica e ambiental da doença, visando o controle da população de roedores (anti-ratização), especialmente no ambiente domiciliar.

PRECAUÇÕES

Como meio de evitar o contato com água contaminada é ideal, principalmente quem trabalha com serviços de limpeza, entulhos e esgotos, que utilizem os equipamento de proteção individual, (EPI), como botas e luvas de borracha, além da importância de controlar a presença de roedores nas residências. Outras medidas essenciais são relacionados a higiene, como armazenar os alimentos em locais seguros, e tapados, acondicionar o lixo em sacos plásticos, deixando para a coleta apenas nos horários estipulados da coleta na sua região. Atenção redobrada para a limpeza dos terrenos, matagal serve de abrigo para esses roedores. Potes com ração a disposição dos animais domésticos, pode ser isca para roedores, por isso é importante mante-los limpos sem restos de comidas. Lembrar de fechar sempre as caixas d’água, ralos e vasos sanitários com tampas pesadas.


Texto: Marina Espíndola
Fotos: Jeferson Mota
Secom - Governo de Rondônia

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